Movimento das Forças Armadas

Pintura mural, 1974: "M.F.A. — Rumo à Liberdade, Viva o 25 de Abril" |espectro=Esquerda |fundação=5 de março de 1974 (''de facto'') }} O Movimento das Forças Armadas (MFA), também conhecido como Movimento dos Capitães, foi um movimento militar responsável pela Revolução do 25 de Abril de 1974 em Portugal, que pôs fim aos 41 anos de ditadura do Estado Novo. A principal motivação deste grupo de militares era a oposição ao regime e à Guerra Colonial Portuguesa.

A 16 de março, dado o aumento da repressão levada a cabo pela PIDE/DGS, saíram das Caldas da Rainha oficiais com o objetivo de derrubar a ditadura, no entanto, este levantamento fracassou. Contudo, a tentativa mostrou aos oficiais do MFA que ainda estavam hesitantes que a sua única opção era fazer um golpe de Estado, e começaram os preparos para a tomada do poder. A ditadura foi derrubada em menos de 24 horas, quase sem derramamento de sangue. Os presos políticos foram libertados das prisões de Caxias e Peniche, a Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), renomeada por Marcello Caetano para Direção-Geral de Segurança (DGS), temida pelos seus métodos de tortura e assassinato, foi destruída, assim como a censura, e lançaram-se ataques à sede do jornal ''A Época'', o jornal oficial do regime. Os restantes símbolos do regime foram destruídos pela população ao fim de uma semana, e deu bases a um forte apoio popular ao MFA. Para a população, as Forças Armadas passaram de "agentes da repressão, autores de uma guerra colonial e defensores do regime", para "estar ao lado do povo explorado numa perspectiva de levar Portugal rumo ao socialismo".

A reestruturação da correlação de forças no MFA inteiro em setembro de 1975 levou à criação de um grupo proveniente de uma aliança entre o Partido Socialista (PS), o Grupo dos Nove e da direita política, um segundo grupo criado proveniente da ''esquerda militar'' que tinha apoiado o Partido Comunista Português (PCP) até ao V Governo Provisório, muito favoráveis às teorias terceiro-mundistas, que proclamava o ''putschismo'' para "chegar ao socialismo", e que tinham como origem a dualidade de poderes nas Forças Armadas que nasceu da crise do MFA e do rompimento do PS com o PCP. O terceiro grupo era constituído por militares favoráveis ao PCP e a sua política de reconstrução do MFA com a correlação de forças anterior às que saíram da reorganização da Assembleia de Tancos, assim como voltar com a coligação PS-PCP-MFA. Entre a Assembleia de Tancos e a Crise de 25 de Novembro de 1975, passam três meses, e nestes meses ocorreu um combate entre a política de cada um dos três grupos, militares e políticos.

Destacam-se as Campanhas de Dinamização Cultural e Ação Cívica do MFA que eram um programa cultural descentralizado de forma a capacitar política e culturalmente populações negligenciadas ao longo de décadas. As brigadas da Dinamização Cultural — soldados, estudantes e artistas, privilegiaram a intervenção no centro e norte rurais. Estas campanhas promoveram a cultura, como o cinema, teatro e literatura que, além do contributo que teve enquanto existiu, teve influência nas políticas culturais em Portugal nos anos após a revolução.

A 24 de abril de 2024, foi agraciado com o grau de Membro Honorário da Ordem da Liberdade. Fornecido pela Wikipedia
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    Affiche van Marcelino Vespeira uitgegeven in 1975 door de Movimento das Forças Armadas (MFA) voor de verkiezingen in Portugal. Afbeelding: tekening ...

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    Por Vespeira, Marcelino, Movimento das Forças Armadas
    Date 1975-1975
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    Affiche van João Abel Manta uitgegeven in 1974 door de Movimento das Forças Armadas (MFA) voor propaganda. Afbeelding: een landbouwer ...

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    Por Manta, João Abel, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, Movimento das Forças Armadas
    Date 1974-1974